Muito importante para todos os que lerem as postagens: por vezes estarei falando sério, postando opiniões próprias. Outras vezes estarei brincando com opiniões que poderiam ser minhas, mas não são. E por vezes postarei material totalmente fictício, frutos da imaginação e talvez um pouco influenciados pelas experiências acumuladas ao longo dos anos.
Distinguir o que é realidade e o que é ficção fica a cargo de cada um.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Vinho do Julinho

Gosto de cerveja. Sempre gostei. Não apenas eu, mas meus amigos também. Nós, da turma da praia, somos entusiastas. Apreciamos a boa cerveja a ponto de nos recusarmos a beber qualquer cerveja barata nacional que os butecos tentam nos empurrar. Exceto, claro, nas noites quentes de verão, quando saímos nos bares da praia. Parece até pegadinha: justamente na época de maior consumo, os bares oferecem menor variedade. Aliás, nenhuma variedade. É aquela ceva e deu!

Enfim, como disse, somos todos amantes de uma boa cerveja. Eu prefiro ales. Cenoura e Rafão adoram cerveja weiss (trigo, em alemão, pra quem não saiba). Ricardo vai de pilsen, a mais tradicional para os paladares brasileiros, mas sempre tem uma cerveja estrangeira para experimentar, sempre coisa boa. Mas o Julinho... Ah o Julinho, de uns tempos pra cá virou amante do vinho. Rafão, com sua sutileza, diria que vinho é coisa de viado. Ou veado. De maricas, que seja.

Julinho chegou ao cúmulo de, no último ano, presentear a todos nós – Cenoura, Ricardo, Rafão e eu – com uma garrafa de vinho cada. Sempre o mesmo vinho. Um bordeaux, de espécime caríssima, de altíssima qualidade, que jura ele ter pago uma pechincha: apenas noventa e nove dólares pela internet.

- Coisa muito boa esse vinho – insistia Julinho, sempre que presenteava algum de nós. - Especial para beber com aquela gata, ouvindo um som bacana, e aí... PIMBA. Sabe? É tiro dado, jacu deitado.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ponto Rock

Sempre preferi as morenas. Não sei porque, mas há algo de sensual na forma como refutam a futilidade loira. Gosto de louras também, mas as morenas dominam meu horizonte. É assim, não adianta. Cada um tem suas taras e predileções. Para Ricardo, por exemplo, pouco importa se é alta ou baixa, loura ou morena. Tem que ser gostosa. O Cenoura não admite, mas todos sabem que ele é fissurado em japinhas (ia dizer “asiáticas”, mas aí iria soar tão falso...). O Rafão, por outro lado é seguidor da filosofia do síndico Tim Maia: a mulher ideal é aquela que não tem pau...

Para essas e todas as outras preferências, existia o lugar ideal. O Ponto Rock. A melhor danceteria/discoteca/casa noturna/boate/ou seja lá qual for a porra de nomenclatura atual que já existiu na praia, quiçá no mundo. O oásis para onde iam todas – eu disse todas – as gostosas do litoral.

Aquele era um lugar mágico. Era, porque nada que é bom dura para sempre. Nos fins de semana, quando suas portas abriam-se, o céu de verão era sempre estrelado e a lua sempre cheia. Construído à beira de um lago, não possuía paredes, de forma que a brisa marinha constantemente fazia arrepiar as deliciosas gurias suadas na pista de dança. Os bares, estrategicamente posicionados ao redor da pista central, derramavam litros e litros de álcool sobre os frequentadores, tudo com o único e flagrante objetivo de permitir a pegação ao som do melhor rock´n´roll.

Como dito, mágico.