Não muito longe daqui, existe uma terra muito parecida com a nossa. Uma terra fértil, onde plantando tudo dá, rica em minérios, recursos naturais, sem desastres... Um lugar excelente. Um país gigante.
Gigante mesmo. Dizem os nativos que seu povo demonstra, em sua altura, as suas virtudes. Grandes pessoas são, portanto, pessoas grandes! Ao longo da vida, as pessoas de destacadas qualidades tendem a crescer além do comum e de forma extraordinária. Quanto mais alta a pessoa, maior seu virtuosismo ético e moral. Existem em meio à população pessoas – homens e mulheres – com alturas que, para seres humanos comuns, são inimagináveis. Três, quatro, cinco metros de altura. São minoria, evidentemente, mas existem em quantidade maior do que se poderia supor. Reza a lenda que, no passado, existiram homens com mais de uma centena de metros de altura. Mas esses, infelizmente, são agora história.
Honesto nasceu nessa terra mágica. Seus pais, orgulhosos do caráter de seu filho, o batizaram com o mais adequado nome possível. Honesto sempre foi um bom menino, educado, prestativo, estudioso. Com apenas dois anos de idade, já tinha um metro e meio de altura. Aos oito, tinha a mesma altura de seu pai, alguém consideravelmente acima do padrão dos homens médios.
Ao atingir a puberdade, Honesto viu sua vida mudar. Em meio ao rápido crescimento típico dos adolescentes, surgiu um novo gigante. Aos dezoito anos, Honesto atingiu a marca dos vinte metros de altura! Virou manchete nacional: havia mais de cinqüenta anos não aparecia alguém tão alto. E Honesto não parava de crescer.