Muito importante para todos os que lerem as postagens: por vezes estarei falando sério, postando opiniões próprias. Outras vezes estarei brincando com opiniões que poderiam ser minhas, mas não são. E por vezes postarei material totalmente fictício, frutos da imaginação e talvez um pouco influenciados pelas experiências acumuladas ao longo dos anos.
Distinguir o que é realidade e o que é ficção fica a cargo de cada um.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

SEM CHUVA

Sempre fui nostálgico. Gosto de sentar, no escuro da noite, em meu sofá e vasculhar nos cantos ainda mais obscuros da mente memórias passadas, na vã tentativa de revivê-las, compreendê-las, exorcizá-las. Minha esposa costuma dizer que tenho "memória de elefante", já que certas coisas jamais esqueço, como acontecimentos,  diálogos, lugares, experiências (táteis, olfativas, auditivas) - ou, ao menos, relembro de forma muito mais hábil que os demais. Meus amigos próximos diriam que esta memória se justifica pelo tamanho da cabeça...

Fato é, nada obstante, que este gosto por reviver meu passado é muito marcante através, sobretudo, da música. Disto advém um certo prejuízo meu, pois ao ficar preso ao passado, não me abro ao novo. Tenho imensa dificuldade em apreciar novas bandas e novos gêneros, na medida em que volto para trás, atrás de bandas desfeitas, mortas, e sonoridades já esquecidas pelas massas. De certa forma, a música é uma excelente metáfora...

O ponto de toda esta introdução um tanto quanto maçante - e nem por isso menos honesta - é que, em mais uma noite com fones de ouvido e computador ao colo, coloquei para o YouTube tocar aleatoriamente músicas dos anos 90. (Lembre-se, quando eu digo músico, digo rock. E quando digo Rock, aceito também muitos de seus subgêneros). E, surpresa, Blind Melon entra na playlist.