Era uma vez, no velho oeste, um
caubói muito bom. Ele usava chapéu todo o tempo, e vestia um colete
de couro de vaca. O cinto, largo e pesado, combinava com as botas e
esporas. Era o Caubói Ique, o mais valente, prestativo e amigo
caubói a cavalgar nas pradarias.
Ele gostava de montar seu cavalo de
pelos cor de caramelo e galopar sem rumo, a procura de pessoas que
precisassem de sua ajuda. Pois o Caubói Ique sempre estava prestes a
ajudar, já que aprendeu com seu papai e sua mamãe que ajudar ao
próximo era algo sem preço. Ao final de cada dia de cavalgada, o
Caubói Ique gostava de fazer uma fogueira, bem quentinha, e
esquentar a água em sua caneca, para uma bebida quente. Depois,
deitava-se na relva e ficava a olhar as estrelas no céu,
admirando-as, até adormecer e então dormir ao relento.
Uma bela manhã, o Caubói Ique
acordou de susto. Ao longe, na direção de uma pequena cidade, ele
podia ouvir uma voz gritando.
- Socorro, socorro, alguém nos
ajude.
Sem exitar, o caubói pegou seu
chapéu, calçou suas botas, afivelou seu cinto e partiu em
disparada, a galope, na direção do pedido de socorro. Seu cavalo
corria tão rápido – pocotó, pocotó, pocotó –
que nuvens de poeira se formavam atrás do corajoso benfeitor.
Ao
chegar nas cercanias da pequena cidade, Caubói Ique encontrou um
grupo de crianças, aos prantos.
-
Não temam, eu vim para ajudá-las.
-
Por favor, Caubói Ique, salve nossos pais. Um bandido feio e
fedorento sequestrou todos os papais e as mamães da cidade.
Sem
sequer responder, o Caubói Ique adentrou na cidade. Pois o rapto dos
papais e das mamães o deixara indignado. Quem faria uma coisa vil
dessas? E por que motivo? O caubói precisava dar um fim à ameaça,
e assim salvar o dia.
Lentamente,
o caubói se aproximou da praça – po-co-tó, po-co-tó,
po-co-tó. Ainda à distância,
ele pode ver. O Bandido Fedorento, com roupas sujas, botas velhas e
uma arma na mão, mantinha todos os papais e mamães da cidade presos
em meio à praça da cidade.
-
Solte-os, seu bandido malvado. - gritou o Caubói Ique
-
Nunca – bradou em resposta o Bandido Fedorento – somente os
libertarei se me derem todo o dinheiro da cidade.
-
Pois então desista, seu bandido – entesou o caubói – pois
nenhum dinheiro no mundo poderá comprar o amor de um papai ou de uma
mamãe.
-
Cale-se, seu enxerido. Eu o desafio para um duelo.
E
foi assim que bandido e mocinho ficaram, enfim, frente a frente. O
duelo seguiria as regras tradicionais. Cada um se colocou de um lado
da rua principal. E juntos eles contaram: UM... DOIS... Porém, antes
do TRÊS, o Bandido Fedorento, muito trapaceiro, sacou seu revólver
enferrujado e começou a disparar na direção do vaqueiro.
O
Caúbói Ique, já antevendo a trapaça, pulou para trás de um
barril de água para se proteger do disparos. Bangue,
bangue, bangue... Seis tiros o
caubói contou. Então, levando a mão à sua cintura, pegou sua
corda e fez um laço. O bandido tentava recarregar o revólver quando
viu o herói girando o laço por sobre a cabeça. O Caubói Ique
arremessou seu laço e acertou, prendendo os braços do malfeitor
contra o corpo.
O
Bandido Fedorento ainda tentou se soltar. O Caubói Ique, então,
assobiou bem forte e seu cavalo veio até ele. Passou a corda na cela
da montaria e, com a ajuda do animal companheiro, arrastou o bandido
pelas ruas empoeiradas até a prisão.
Com
o vilão derrotado e preso, o herói pode enfim libertar os papais e
mamães de todas as crianças da cidade. Todos comemoravam e
agradeciam ao Caubói Ique por sua coragem e prestatividade. Até
mesmo o Sr. Prefeito, de cabeça branca e cartola preta, veio para
agradecer.
-
Muito obrigado, Caubói Ique, por sua ajuda, Por favor, aceite
esta...
-
Oh, não, por favor. - interrompeu o Caubói Ique, encabulado - Eu
jamais poderia aceitar uma recompensa por ajudar a quem precisa e por
fazer o bem,. Era minha obrigação ajudar.
-
Justamente por seu caráter, meu rapaz – continuou o Sr. Prefeito –
eu insisto que aceite isto.
Sem
maiores cerimônias, o Sr. Prefeito colocou uma estrela, pontuda e
brilhante, no lado esquerdo do colete do Caubói Ique. Nesta estrela
de metal podia-se ler a palavra pela qual sempre seria o nosso herói
chamado dali em diante: xerife.
E
foi assim que o Caubói Ique se tornou o Xerife Ique, o mais corajoso
herói, sempre pronto para salvar o dia!
(Boa
noite, filho.)
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Adorei Pedro! ! Esse xerife é um fofo!! E o melhor é imaginar ele na história! !!
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