Muito importante para todos os que lerem as postagens: por vezes estarei falando sério, postando opiniões próprias. Outras vezes estarei brincando com opiniões que poderiam ser minhas, mas não são. E por vezes postarei material totalmente fictício, frutos da imaginação e talvez um pouco influenciados pelas experiências acumuladas ao longo dos anos.
Distinguir o que é realidade e o que é ficção fica a cargo de cada um.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Caubói Ique Salva o Dia

Era uma vez, no velho oeste, um caubói muito bom. Ele usava chapéu todo o tempo, e vestia um colete de couro de vaca. O cinto, largo e pesado, combinava com as botas e esporas. Era o Caubói Ique, o mais valente, prestativo e amigo caubói a cavalgar nas pradarias. 
 
Ele gostava de montar seu cavalo de pelos cor de caramelo e galopar sem rumo, a procura de pessoas que precisassem de sua ajuda. Pois o Caubói Ique sempre estava prestes a ajudar, já que aprendeu com seu papai e sua mamãe que ajudar ao próximo era algo sem preço. Ao final de cada dia de cavalgada, o Caubói Ique gostava de fazer uma fogueira, bem quentinha, e esquentar a água em sua caneca, para uma bebida quente. Depois, deitava-se na relva e ficava a olhar as estrelas no céu, admirando-as, até adormecer e então dormir ao relento.

Uma bela manhã, o Caubói Ique acordou de susto. Ao longe, na direção de uma pequena cidade, ele podia ouvir uma voz gritando.

- Socorro, socorro, alguém nos ajude.


Sem exitar, o caubói pegou seu chapéu, calçou suas botas, afivelou seu cinto e partiu em disparada, a galope, na direção do pedido de socorro. Seu cavalo corria tão rápido – pocotó, pocotó, pocotó – que nuvens de poeira se formavam atrás do corajoso benfeitor.

Ao chegar nas cercanias da pequena cidade, Caubói Ique encontrou um grupo de crianças, aos prantos.

- Não temam, eu vim para ajudá-las.

- Por favor, Caubói Ique, salve nossos pais. Um bandido feio e fedorento sequestrou todos os papais e as mamães da cidade.

Sem sequer responder, o Caubói Ique adentrou na cidade. Pois o rapto dos papais e das mamães o deixara indignado. Quem faria uma coisa vil dessas? E por que motivo? O caubói precisava dar um fim à ameaça, e assim salvar o dia.

Lentamente, o caubói se aproximou da praça – po-co-tó, po-co-tó, po-co-tó. Ainda à distância, ele pode ver. O Bandido Fedorento, com roupas sujas, botas velhas e uma arma na mão, mantinha todos os papais e mamães da cidade presos em meio à praça da cidade.

- Solte-os, seu bandido malvado. - gritou o Caubói Ique

- Nunca – bradou em resposta o Bandido Fedorento – somente os libertarei se me derem todo o dinheiro da cidade.

- Pois então desista, seu bandido – entesou o caubói – pois nenhum dinheiro no mundo poderá comprar o amor de um papai ou de uma mamãe.

- Cale-se, seu enxerido. Eu o desafio para um duelo.

E foi assim que bandido e mocinho ficaram, enfim, frente a frente. O duelo seguiria as regras tradicionais. Cada um se colocou de um lado da rua principal. E juntos eles contaram: UM... DOIS... Porém, antes do TRÊS, o Bandido Fedorento, muito trapaceiro, sacou seu revólver enferrujado e começou a disparar na direção do vaqueiro.

O Caúbói Ique, já antevendo a trapaça, pulou para trás de um barril de água para se proteger do disparos. Bangue, bangue, bangue... Seis tiros o caubói contou. Então, levando a mão à sua cintura, pegou sua corda e fez um laço. O bandido tentava recarregar o revólver quando viu o herói girando o laço por sobre a cabeça. O Caubói Ique arremessou seu laço e acertou, prendendo os braços do malfeitor contra o corpo.

O Bandido Fedorento ainda tentou se soltar. O Caubói Ique, então, assobiou bem forte e seu cavalo veio até ele. Passou a corda na cela da montaria e, com a ajuda do animal companheiro, arrastou o bandido pelas ruas empoeiradas até a prisão.
Com o vilão derrotado e preso, o herói pode enfim libertar os papais e mamães de todas as crianças da cidade. Todos comemoravam e agradeciam ao Caubói Ique por sua coragem e prestatividade. Até mesmo o Sr. Prefeito, de cabeça branca e cartola preta, veio para agradecer.

- Muito obrigado, Caubói Ique, por sua ajuda, Por favor, aceite esta...

- Oh, não, por favor. - interrompeu o Caubói Ique, encabulado - Eu jamais poderia aceitar uma recompensa por ajudar a quem precisa e por fazer o bem,. Era minha obrigação ajudar.

- Justamente por seu caráter, meu rapaz – continuou o Sr. Prefeito – eu insisto que aceite isto.

Sem maiores cerimônias, o Sr. Prefeito colocou uma estrela, pontuda e brilhante, no lado esquerdo do colete do Caubói Ique. Nesta estrela de metal podia-se ler a palavra pela qual sempre seria o nosso herói chamado dali em diante: xerife.

E foi assim que o Caubói Ique se tornou o Xerife Ique, o mais corajoso herói, sempre pronto para salvar o dia!

(Boa noite, filho.)

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Um comentário:

  1. Adorei Pedro! ! Esse xerife é um fofo!! E o melhor é imaginar ele na história! !!

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