Distinguir o que é realidade e o que é ficção fica a cargo de cada um.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Minha Primeira História de Natal
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Sobre Meninos e Meninas
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Homens não choram
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Honesto e os homens baixos
O tempo passa, o tempo voa
Eram quarenta dias sem sequer por os dedos a escrever algo, qualquer coisa. Muito do que escrevo não toma forma - ou não toma a forma que eu desejo - mas mesmo assim eu sempre busco escrever, até para ver até que ponto consigo desenvolver um estilo, ou uma habilidade ou, simplesmente, criar uma disciplina.
Mas em quarenta dias, tudo que fiz foi me preocupar com o trabalho e, sobretudo, com as contas. Idéias surgiram muitas, e espero com calma transformá-las em histórias, contos, crônicas ou seja lá o que for que eu aqui escrevo.
Em meio ao primeiro e segundo turno de nossas eleições, sobretudo em meio a enormes desilusões políticas, surgiu-me a idéia de um conto alegórico, quase infantil. Decidi então, para não deixar outubro passar em branco, "por no papel" a idéia, e deixá-la crescer e tomar sua forma.
O resultado final agradou-me - embora eu desejasse que fosse ainda melhor!
Espero que aprovem o resultado.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O Causídico - Episódio 2: Cartão de Visitas
Chegou ao sexto andar do prédio dois e foi direto para o banheiro. Segundo seu relógio, ainda tinha cinco minutos antes da audiência. Para os padrões de prédios públicos com grande movimento de pessoas, aquele banheiro até que era razoavelmente limpo. Paulo de Tarso procurou um lugar para largar a sua pasta e, então, após retirar o relógio de pulso, abriu a toneira e lavou o suor do rosto. A sensação da água fria o fez relaxar e permitiu que readquirisse a tranquilidade necessária para encarar a audiência. Com o rosto ainda molhado, apoiado com as mãos na pia, olhou fixamente através do espelho nos próprios olhos.
- Eu consigo – disse, enfim, para si mesmo, pronto para voltar ao saguão de espera do andar. Somente então percebeu que o banheiro não tinha toalhas de papel...
Ainda com o rosto molhado, o apito agudo dos auto-falantes soaram. Em seguida, o pregão para sua audiência foi feito por uma suave e agradável voz feminina, que pronunciava cuidadosamente os nomes das partes.
- Atenção para a audiência das oito horas e trinta minutos. Décima quinta Vara do Trabalho. Sr. Clóvis Abreu Dilcant, reclamante, e Pasquali Empreendimentos e Construções S.A.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
With a little help from my friends...
“Como assim? Sem eletricidade por quê? Cataclismo nuclear, zumbi ou rebelião das máquinas?”
Com esse curto diálogo, Vitto e eu tentamos imaginar como seria a luta por sobrevivência, primeiro, em um ambiente moderno em que a energia elétrica não mais fosse suprida. Ou seja, permanentemente sem luz (praticamente como acontece nos verões com CEEE!).
Ocorre que sem luz é o mínimo dos nossos problemas. Por certo aconteceriam tumultos e convulsões sociais, escalada de violência urbana (sobretudo à noite), crises humanitárias em virtude das dificuldades em áreas estratégicas, principalmente na medicina... Mas a humanidade sobreviveria ao fim da eletricidade. Afinal, nosso mundo elétrico é recente, apenas trezentos anos frente à 5 mil anos de civilização humana.
A falta de luz, portanto, somente seria um dos reflexos de algo pior. E foi assim que o Vitto me lançou o desafio: imaginar como sobreviveriamos, em Porto Alegre, a um cataclismo que ameaçasse a própria existência dos seres humanos. Pensando nisso, perguntei: “cataclismo nuclear, dos zumbis ou das máquinas?”. Afinal, dependendo do acontecido mudam-se as estratégias...
“Nuclear”, me respondeu Vitto. “Guerra atômica. Inverno nuclear no mundo. Como nós vamos sobreviver em Porto Alegre?”
Respondo agora o que disse a ele. É simples. Morremos todos. Porto Alegre não possui subterrâneos, de forma que não teríamos como nos abrigar das intempéries radioativas. Como faz falta um metrô...
“Faz sentido... Zumbi, então? Qual teu plano?”
Aí o bicho pegou... Apesar de confiar que sobreviverei a um cataclismo zumbi ou das máquinas, sei que teria enormes dificuldades, inclusive sendo incapaz de evitar a morte de muitas pessoas amadas.
Acabou minha carona e o assunto, tão instigante quanto divertido, foi posto de lado. Todavia, confesso que desde que tivemos essa conversa não consegui deixar de imaginar como seria uma situação extrema, de nós, meros portoalegrenses, sobrevivermos a uma hecatombe zumbi.
Antes de me lançar ao teclado do computador e tentar escrever algo, decidi fazer um brainstorm – ou tempestade cerebral, que aliás seria um termo muito bacana em língua portuguesa... - com a ajuda de vocês, meus amigos que me prestigiam dedicando seu tempo lendo meus textos.
São questões fundamentais:
Qual o tamanho ideal de um grupo para a sobrevivência, considerando a escassez de recursos e alimentos?
Qual a melhor estratégia: guardar uma única posição ou a mobilidade?
Qual o melhor lugar para se esconder, em nossa cidade?
Como enfrentaríamos os zumbis quando o combate (ou embate, como preferirem) fosse inevitável?
Honestamente, já tenho algumas ideias, mas realmente gostaria da maior participação possível, com opiniões e argumentos (prós e contras) e assim, talvez, escrever uma história de como sobreviveremos ao cataclismo zumbi em Porto Alegre!
Saudações a todos.
P.S.: eu precisava de um título para o post, e não consigui apagar a música da minha mente. Então...
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
O Causídico - Episódio 1: A Entrevista
Naquela manhã de quarta-feira, Paulo suava frio, nervosamente, à espera de sua entrevista. Aquela oportunidade, de ser contratado pelo melhor escritório de advocacia do Estado – quiçá do Brasil, como se comentava nos corredores do Tribunal de Justiça – era única. E Paulo não desejava desperdiçá-la. Sua entrevista estava marcada para as dez da manhã. A recepção, antes cheia de candidatos àquela mesma vaga de Paulo, agora estava vazia. Paulo era o último. E lá estava ele, humilde, recém-aprovado no exame da Ordem dos Advogados e vestindo seu único terno.
Paulo observava insistentemente o ambiente. Não se parecia com nada que já tivesse visto antes. Como estagiário, trabalhou em órgãos públicos e em pequenos escritórios, tudo devidamente documentado no curriculum vitae que se amassava em suas mãos suadas. Mas a imponência daquele escritório, e sobretudo do nome de seu advogado maior – Raimundo Flach, apontado por alguns como o expoente da advocacia sul-americana – destacado em letras metálicas e douradas na parede da recepção fazia com que Paulo sentisse como se estivesse num ambiente nocivo, ao qual não pertencesse. Respirou fundo e dominou sua timidez. “Eu sou capaz.”, pensou consigo mesmo.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
O Vinho do Julinho
Enfim, como disse, somos todos amantes de uma boa cerveja. Eu prefiro ales. Cenoura e Rafão adoram cerveja weiss (trigo, em alemão, pra quem não saiba). Ricardo vai de pilsen, a mais tradicional para os paladares brasileiros, mas sempre tem uma cerveja estrangeira para experimentar, sempre coisa boa. Mas o Julinho... Ah o Julinho, de uns tempos pra cá virou amante do vinho. Rafão, com sua sutileza, diria que vinho é coisa de viado. Ou veado. De maricas, que seja.
Julinho chegou ao cúmulo de, no último ano, presentear a todos nós – Cenoura, Ricardo, Rafão e eu – com uma garrafa de vinho cada. Sempre o mesmo vinho. Um bordeaux, de espécime caríssima, de altíssima qualidade, que jura ele ter pago uma pechincha: apenas noventa e nove dólares pela internet.
- Coisa muito boa esse vinho – insistia Julinho, sempre que presenteava algum de nós. - Especial para beber com aquela gata, ouvindo um som bacana, e aí... PIMBA. Sabe? É tiro dado, jacu deitado.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Ponto Rock
Para essas e todas as outras preferências, existia o lugar ideal. O Ponto Rock. A melhor danceteria/discoteca/casa noturna/boate/ou seja lá qual for a porra de nomenclatura atual que já existiu na praia, quiçá no mundo. O oásis para onde iam todas – eu disse todas – as gostosas do litoral.
Aquele era um lugar mágico. Era, porque nada que é bom dura para sempre. Nos fins de semana, quando suas portas abriam-se, o céu de verão era sempre estrelado e a lua sempre cheia. Construído à beira de um lago, não possuía paredes, de forma que a brisa marinha constantemente fazia arrepiar as deliciosas gurias suadas na pista de dança. Os bares, estrategicamente posicionados ao redor da pista central, derramavam litros e litros de álcool sobre os frequentadores, tudo com o único e flagrante objetivo de permitir a pegação ao som do melhor rock´n´roll.
Como dito, mágico.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
MUITO BURRO - ou não
Admito.
O novo layout não está ainda como eu quero, e tampouco como deveria. Mas mudei a porra da template e o Blogger não me deixa desfazer a cagada.
Até aprender como arrumar, essa merda fica assim.
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Agora gostei do jeito que tá. Vai ficar assim.
Quem não gostou, que vá plantar batatas.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Antes que comece
Os tambores rufam incessantemente na mente de Rodolfo. A ansiedade, a expectativa, a celebração. A família, já acostumada, finge que não percebe. Os vizinhos dão risada. Os colegas de trabalho até entram na onda. Mas Lunara, a esposa de Rodolfo, detesta o comportamento do marido nesse período.
A Copa do Mundo de Futebol é muito mais que simples evento esportivo. É uma afirmação da condição masculina. Em tempos de opressão do movimento feminista, viver o jeito homem de ser é perigoso. As mulheres celebram anualmente uma data mundial em sua homenagem. E não apenas comemoram – fazem dos homens vilões. Mas de quatro em quatro anos, um mês inteiro é dedicado à cultura masculina.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Clientes e Bancos: Ser parcial é preciso
Com efeito, concordo com sua premissa de que o ser humano tende, naturalmente, à parcialidade. Tal circunstância vem muito da empatia com determinadas causas e situações, e os “conflitos” bancários atingem a quase totalidade da população. Dessa forma, é natural que existam ideologias contrárias e favoráveis às práticas das instituições financeiras.
Acontece que exigir imparcialidade, pura e simples, na análise de situações envolvendo instituição bancárias e consumidores é simplesmente absurdo. Isto porque a própria legislação brasileira reconhece a desigualdade entre as partes – basta ver as proteções previstas no Código de Defesa do Consumidor. Nesse sentido, aliás, o STF decidiu, no mérito, através da Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADIn nº 2.591 (decisão publicada no DJ nº 114, de 16 de junho de 2006), proposta pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro, que a Lei 8.078/90 é sim aplicavel aos contratos bancários.
terça-feira, 13 de abril de 2010
O Advogado do Mendigo ganha fama...
"O Advogado do Mendigo" foi publicado na edição de hoje, 13.04.2010, do Espaço Vital, sob o título "A primeira audiência, a gente nunca esquece".
Por motivos de espaço, a história passou por algumas edições. Compare e releia!
Em tempo: charge de Gerson Kauer, para o EV.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Princesinha
Não houve discussão. Todos concordamos que ela era uma verdadeira princesinha. Pequena, macia, bonita, com cabelos negros esvoaçantes que emolduravam seus olhos azuis que mais pareciam jóias de uma coroa.
Definitivamente uma princesinha.
Era inverno. A noite estava fria, mas ainda assim insistimos em reunir a turma da praia. À excessão do Ricardo, que morava no interior, todos nós morávamos na região metropolitana. Fomos ao bar favorito do Cenoura, afinal a ocasião era para comemorar seu novo emprego.
Chegamos no bar juntos, Julinho, Rafão e eu. O frio parecia impedir o Julinho de fazer sua mágica com as garotas na calçada em frente ao bar, por isso nos apressamos a entrar, antes que o Rafão realizasse a sua. O Rafão vocês conhecem: era o repelente de mulheres da turma. Gente finíssima, ótimo caráter, mas terrível com a mulherada. Entramos e atravessamos o bar até o jardim de inverno, nos fundos. Bar chique. Provavelmente caro. Mas iamos beber todos na conta do Cenoura, com seu novo salário, então...
sábado, 3 de abril de 2010
O Advogado do Mendigo
Certa feita, quando ainda era acadêmico, fui cedo para o prédio da Justiça do Trabalho para observar audiências – requisito para uma cadeira da faculdade. Com a devida permissão do Juiz, um homem ainda novo vestindo camisa e gravata, sem o paletó, que em nada correspondia à idéia de um velho de cabelos brancos e de capa preta, sentei-me em uma cadeira colocada contra a parede, embaixo da única janela da sala. É difícil descrever o que senti quando, pela primeira vez, me deparei com aquele ambiente onde o Direito ganhava vida. Dentro de instantes eu veria advogados, juiz e partes atuarem em seus papéis, tirando as leis do rigidez do papel e colocando-as na maleabilidade do mundo real. Definitivamente, eu estava intimidado. O Juiz e sua secretária, ao notarem meu nervosismo, trataram de dar logo início à pauta do dia. “Após a primeira”, disse-me o doutor magistrado, “as audiências desmitificam-se”.
Soou o aviso. Pelos autofalantes do fórum foram as partes chamadas para a primeira audiência inicial do dia. Rito ordinário. Coisa simples, disseram-me colegas mais velhos. Abriu-se a porta da sala. Eu podia sentir o frio do saguão entrar pela porta e, pior, sentia o frio na barriga, mas mantive-me em posição para anotar tudo que acontecesse durante aquela minha primeira audiência.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Praia, Noite e a Lua
Evidente que o objetivo eram as gurias. Alguns, como o Julinho e o Ricardo, faziam as garotas comerem nas suas mãos. Era impressionante. Não tinha noite que eles não se dessem bem. Há quem diga – eu nunca via, mas dizem com tanta convicção que pode até ser verdade – que o Julio certa vez sai agarrado com duas amigas simplesmente porque não conseguia decidir qual das duas era a mais bonita.
Já outros, como o Cenoura e eu, ralávamos para ter uma chance com as gurias. Não eramos de todo ruim, mas conseguir mostrar para aquela guria no balcão do bar ou na pista de dança que eramos o cara ideal era sempre uma tarefa estafante. Recompensadora, óvio, mas cansativa. E mesmo assim acumulamos – pelo menos eu acumulei! – alguns fracassos...
Agora, igual ao Rafão... O cara simplesmente não podia chegar perto de mulher alguma que na mesma hora fazia algo que as espantava. Incrível. Era involuntário, e na maioria das vezes nem nós sabiamos o que tinha acontecido, mas as gurias não suportavam ficar perto do cara. Desde que se mudou para o exterior, não tive mais notícas dele, mas dizem que continua sozinho.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
A Hora
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Hobbit Quest: A Compra do Monitor de LCD
Shopping Centers são verdadeiros labirintos. A busca de qualquer coisa dentro dessas armadilhas construídas meticulosamente com o intuito de capturar nosos cartões de crédito é uma aventura digna dos relatos dos melhores bardos da antiguidade.
Nestes tempos em que a tecnologia avança a passos de gigante, a necessidade de reposição de peças para computadores faz com que os mais aficcionados sofram desafios hercúleos. Sites de internet não são mais suficientes para as compras. A imersão no mundo físico, uma vez mais, vira uma necessidade em busca da melhor opção e do melhor preço.
Mas para tanto, é preciso ter a mais importante arma. Não, diabos, não é dinheiro. Nem o cartão de crédito. Informação. Qualquer compra deve ser bem pensada, de forma a valer todo o esforço. Conhecimento do produto é fundamental.
Certa feita pedi a alguns amigos que colaborassem com o Pedrão Total e escrevessem de forma a dar vazão às suas idéias cirativas. Pois bem. Apenas o um atedeu ao pedido.
Cerca de dois meses atrás recebi um artigo sobre tecnologia. Preguiçoso, perguntei do que se tratava. A explicação veio. E não entendi bulhufas. Tive, enfim, que ler o que ele escreveu. E dessa vez aprendi algo! Apesar de ser um estilo completamene diferente das outras postagens, as informações apresentadas são valiosíssimas para os que lerem.
Eu, particularmente, não preciso ler. Preciso apenas pegar o telefone celular e perguntar direto na fonte. Mas nem todos tem essa sorte. Então, aqui vai a contribuição do Vitto.
“Bom, uma vez que eu estive buscando comprar um monitor LCD esses dias e busquei informações sobre qual seria a melhor aquisição. Posso dividir com você alguns conhecimentos que obtive, mas aviso que são noções de um completo leigo, portanto, qualquer um com alguma melhor informação, por favor me corrija.